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Cultura, fé arte e sabores populares de Santa Rita

 

Tambor de Crioula, Bumba-Meu-Boi, Dança do Côco, Artesanato... as manifestações folclóricas do município são variadas. Todas são resultado da união das culturas européia, africana e indígena, que ao se fundirem deu origem a novas manifestações que só são vistas na nossa região.

Das Manifestações culturais no município temos: durante o carnaval os blocos dos povoados Centrinho, Areias, Recurso, entre outros, com seus ritmos e sonoridades típicos da região. Nessa época surgem também o Corso que é formado por brincantes fantasiados de animais, o bloco de sujos e os fofões com seus tradicionais macacões de chita e suas máscaras horrendas que saem pelas ruas assustando as crianças; no mês de junho acontecem outras manifestações como a festa do Divino Espírito Santo, gincanas culturais, festejos em homenagem á Santa Rita de cássia, padroeira da cidade; ao Sagrado Coração de Jesus, em Carema, a São Sebastião, Santa Filomena, São Jorge, Santa Rosa e outros. Também há a comemoração do aniversário de fundação da cidade, dia 02 de Dezembro.

Sabia que comida também é cultura? É isso mesmo. O povo do Maranhão expressa sua cultura de várias formas: na música, no artesanato, nas festas, nas manifestações, como o Bumba-Meu-Boi... E nos deliciosos pratos maranhenses que a gente come no dia-a-dia. Muitos deles foram criados há muito tempo pelos africanos, portugueses, índios, árabes e outros povos. E, aqui no Maranhão, as avós de nossas avós foram adaptando esses pratos aos nossos ingredientes e ao nosso paladar. Com o tempo, eles foram se tornando parte de nossa cultura.

PAÇOCA - (adaptação brasileira da culinária africana e indígena)
Ingredientes: 2 kg de carne-de-sol gorda, 1kg de farinha seca, manteiga, cebola, pimenta-do-reino e alho.

Ferve a carne para retirar um pouco de sal. Corte-a em pequenos pedaços e frite-a na manteiga com cebola, a pimenta e o alho. Junte a farinha e soque tudo num pilão de madeira mexendo com colher-de-pau.

 
MINGAU DE MILHO - (Doce de origem africana)
Ingredientes: 1 kg de milho branco, 1 l de leite de gado, açúcar a gosto, 1 gf pequena de leite de coco, margarina a gosto, coco seco cortado em pequenos cubos.

Coloque o milho de molho de um dia para o outro. No dia seguinte, cozinhe o milho com água. Quando amolecer, acrescente o leite de gado, em dseguida o leite de coco e a margarina, deixando ferver até engrossar . Depois de pronto, acrescente o açúcar e os cubinhos de coco seco.

 
TORTA DE CAMARÃO COM FARINHA D'ÁGUA - (Prato criado em Alcântara)
Ingredientes: 1 kg de camarão fresco descascado, 1/4 kg de batatas, 3 tomates, 3 ovos, 1 cebola, 2 maços de cheiro verde, sal, limão e óleo.

Lave os camarões em água corrente e afervente, sem água. Quando estiverem bem rosados, retire do fogo, deixe esfriar, e descasque. Ponha numa panela os temperos picados e regue-os com limão. Bote para refogar e junte os camarões. Deixe cozinhar no próprio molho, sem acrescentar água. Cozinhe as batatas à parte, deixe esfriar, descasque-as e corte em cubos pequenos.

Unte uma frigideira com óleo, coloque o camarão misturado com a batata cozida e os ovos batidos, inteiros, cubra com farinha d'água, regue com azeite doce e leve ao forno para assar. Quando a farinha estiver dourada a torta estará pronta.

 
VATAPÁ - (Prato trazido pelos africanos)
Ingredientes: 250g de castanha do Pará, 250g de castanha de caju, 250g de camarão seco, 250g de camarão fresco, 500g de fubá de arroz, 1 coco (leite), 1 xíc de óleo, azeite de dendê, sal, pimenta, cebola, "cheiro verde" (cebolinha e coentro) e tomate.

Soque o camarão seco. Misture com a pimenta, a cebola, o "cheiro verde", o tomate e o camarão fresco ( aferventado com sal, antecipadamente) e o resto dos ingredientes. Acrescente aos poucos 2 l de água fria. Leve ao fogo e, quando estiver borbulhando, acrescente o dendê.

 
CANJICA - (Adaptação brasileira de doce africano)
Ingredientes: 12 espigas de milho, margarina a gosto, 1 gf pequena de leite de coco, açúcar a gosto, 1 pitada de sal, 1 l de leite, canela em pó.

Rale o milho, peneire a massa. Ponha para ferver em fogo brando a massa peneirada, o leite de gado, o leite de coco e a margarina. Acrescente o açúcar e o sal. Mexa sempre até ferver. Quando soltar do fundo da panela, está pronto. Coloque em uma travessa, polvilhe com canela e sirva frio.

 
ARROZ DOCE - (Doce português)
Ingredientes:500g de arroz, 3 l de leite, 250g de açúcar, 6 gemas de ovo, canela e erva doce.

Lave o arroz e ponha para cozinhar com 2 litros de leite. Em separado, bata as gemas com o açúcar e 1 litro de leite, pondo-os a ferver durante 5 minutos. Junte então o arroz e a erva-doce, fervendo ainda até ter o ponto de papa. Sirva em tigelas, polvilhando com canela moída.

Compilado de: http://www.ilhadocaju.com.br/novaculinaria.htm

A religião predominante no município é a católica, porém existem outras que merecem destaque, como a Assembléia de Deus, a Cristã Evangélica, as Testemunha de Jeová, a Igreja Batista, a Adventista, e a Messiânica. Há ainda cultos afro como o Candomblé e Tambor de Mina.

Como festividades religiosas temos (na sede do município) o novenário da padroeira Santa Rita de Cássia. Sabe-se que o dia consagrado à santa é o dia 22 de maio, todavia, no município, as festividades em sua homenagem acontecem no final do mês de setembro, pois em época passadas no município não havia pároco próprio. Sem a presença deste. A realização das festividades era assumida pelo Sr. Francisco Lira, junto com os demais fiéis, onde predominavam as celebrações da Santa Missa durante o novenário, seguida de animados leilões, apresentação de peças teatrais cuja renda arrecadada era investida em benefício da igreja.

Santa Rita também faz arte.

Em matéria de arte poular santarritense podemos destacar trabalhos feitos em couro, palha, tecelagem, cerâmica, escultura em madeira, pintura, instalação e presépio tradicional. Dentre estes artista destacam-se:

  • Seu Cadó, artesão cujos trabalhos feitos em couro são de uma beleza única;
  • D. Anita, professora e artesã lecionou muito bem e fez artesanato muito bonito;
  • D. Dica Torres, educadora muito talentosa e evoluída para a sua época;
  • D. Maria Auxiliadora, professora nata, com talento incomum na arte de educar;
  • D. Heradita, educadora de grande talento;
  • Maria "Bambu" Muniz, educadora e artesã, produz belos arranjos florais;
  • Francisco Sales Lira, político, religioso e ativista cultural, por muitos anos celebrou as missas por falta de pároco na cidade, sendo o responsável pela data de comemoração das festividades da padroeira Santa Rita de Cássia, que acontece no último sábado do mês de setembro;
  • Paulo Vidinha, amo de boi e ativista cultural;
  • Didi Muniz, economista, artista plástico e agitador cultural, fundou em 1985, com Julio Aldo Marvão e amigos, O Grupo "100 Modos", grupo que fez teatro, música, artes plásticas e a famosa gincana Boca-de-Forno, que há 19 anos faz a alegria da juventude local, participou de exposição em São Luis, Belém e Aracaju;
  • Julio Aldo Marvão Funcionário do "Monsenhor Dourado", agitador cultural e artista plástico autodidata, participou de várias exposições em São Luis, Sendo muito elogiado pala crítica local com o seu "Tótem", uma instalação feita com 30 cabeça de boi numa plástica rudimentar fincada fortemente no dia do Maranhão. Outra Exposição de grande aceitação da crítica foi "Miscigenação de Novos", em parceira com Didi Muniz e Palácio Neto, onde retrata o olhar plástico poético do mundo contemporâneo;
  • Dedeu Marvão, Funcionário "Monsenhor Dourado" compõe músicas com letras às vezes muito engraçadas, outras um tanto românticas, e outras que expressam seu inconformismo com as injustiças sociais. Fundou com a turma do "Cem Modos" o grupo "Químico's", fazendo fusões de Rock com o tambor de crioula e bumba-meu-boi, resultando numa sonoridade forte, alegre e original. Em 2001, foi aberto o concurso para a escolha dos Símbolos Municipais realizado pela Prefeitura Municipal de Santa Rita, Dedeu foi o vencedor na categoria Bandeira;

  • Didi Carvalho, autodidata começou a rabiscar deste 1990. Aos 13 anos. Em 1997 pintou o primeiro quadro (Feto) e deste então não parou mais. Participou da exposição "Tributo" junto com Didi Muniz, Aldo Marvão, Marcelo e César Roberto. Em Dezembro de 2001 ganhou o concurso para a criação dos símbolos municipais de Santa Rita, na categoria Brasão;
  • Carlos Paixão, poeta, está com seu primeiro livro "Poesia Proibida" no prelo e pretende lançá-lo em breve;
  • Antônia Gomes Neta, poetisa autodidata, tem um jeito peculiar em criar seus poemas: ela se inspira no cotidiano de sua terra e principalmente no comportamento dos amigos. Neta, como é popularmente conhecida, foi a vencedora na categoria Hino Municipal, do concurso da Prefeitura, em 2001;
  • Mestre Sabino, compositor e cantador de toadas de Bumba-meu-Boi é muito talentoso nessa área. Suas composições retratam o cotidiano da comunidade com simplicidade e beleza;
  • Pemba, artista popular tio de Sabino, possuía grande talento na arte de improvisação, onde criava versos extremamente engraçados, como os da história da "Raposa no Poleiro de Catita", "Teco Tereco" entre muitas outras que faziam a alegria dos que o ouviam.

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