Das Manifestações culturais no
município temos: durante o carnaval os blocos dos
povoados Centrinho, Areias, Recurso, entre outros, com
seus ritmos e sonoridades típicos da região. Nessa
época surgem também o Corso que é formado por
brincantes fantasiados de animais, o bloco de sujos e os
fofões com seus tradicionais macacões de chita e suas
máscaras horrendas que saem pelas ruas assustando as
crianças; no mês de junho acontecem outras
manifestações como a festa do Divino Espírito Santo,
gincanas culturais, festejos em homenagem á Santa Rita
de cássia, padroeira da cidade; ao Sagrado Coração de
Jesus, em Carema, a São Sebastião, Santa Filomena, São
Jorge, Santa Rosa e outros. Também há a comemoração
do aniversário de fundação da cidade, dia 02 de
Dezembro.
Sabia
que comida também é cultura? É isso mesmo. O povo do
Maranhão expressa sua cultura de várias formas: na
música, no artesanato, nas festas, nas manifestações,
como o Bumba-Meu-Boi... E nos deliciosos pratos
maranhenses que a gente come no dia-a-dia. Muitos deles
foram criados há muito tempo pelos africanos,
portugueses, índios, árabes e outros povos. E, aqui no
Maranhão, as avós de nossas avós foram adaptando esses
pratos aos nossos ingredientes e ao nosso paladar. Com o
tempo, eles foram se tornando parte de nossa cultura.
PAÇOCA
- (adaptação brasileira da culinária
africana e indígena) |
Ingredientes:
2 kg de carne-de-sol gorda, 1kg de farinha seca,
manteiga, cebola, pimenta-do-reino e alho. Ferve
a carne para retirar um pouco de sal. Corte-a em
pequenos pedaços e frite-a na manteiga com
cebola, a pimenta e o alho. Junte a farinha e
soque tudo num pilão de madeira mexendo com
colher-de-pau.
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MINGAU
DE MILHO - (Doce de origem africana) |
Ingredientes:
1 kg de milho branco, 1 l de leite de gado,
açúcar a gosto, 1 gf pequena de leite de coco,
margarina a gosto, coco seco cortado em pequenos
cubos. Coloque
o milho de molho de um dia para o outro. No dia
seguinte, cozinhe o milho com água. Quando
amolecer, acrescente o leite de gado, em dseguida
o leite de coco e a margarina, deixando ferver
até engrossar . Depois de pronto, acrescente o
açúcar e os cubinhos de coco seco.
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TORTA
DE CAMARÃO COM FARINHA D'ÁGUA - (Prato
criado em Alcântara) |
Ingredientes:
1 kg de camarão fresco descascado, 1/4 kg de
batatas, 3 tomates, 3 ovos, 1 cebola, 2 maços de
cheiro verde, sal, limão e óleo. Lave
os camarões em água corrente e afervente, sem
água. Quando estiverem bem rosados, retire do
fogo, deixe esfriar, e descasque. Ponha numa
panela os temperos picados e regue-os com limão.
Bote para refogar e junte os camarões. Deixe
cozinhar no próprio molho, sem acrescentar
água. Cozinhe as batatas à parte, deixe
esfriar, descasque-as e corte em cubos pequenos.
Unte
uma frigideira com óleo, coloque o camarão
misturado com a batata cozida e os ovos batidos,
inteiros, cubra com farinha d'água, regue com
azeite doce e leve ao forno para assar. Quando a
farinha estiver dourada a torta estará pronta.
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VATAPÁ
- (Prato trazido pelos africanos) |
Ingredientes:
250g de castanha do Pará, 250g de castanha de
caju, 250g de camarão seco, 250g de camarão
fresco, 500g de fubá de arroz, 1 coco (leite), 1
xíc de óleo, azeite de dendê, sal, pimenta,
cebola, "cheiro verde" (cebolinha e
coentro) e tomate. Soque
o camarão seco. Misture com a pimenta, a cebola,
o "cheiro verde", o tomate e o camarão
fresco ( aferventado com sal, antecipadamente) e
o resto dos ingredientes. Acrescente aos poucos 2
l de água fria. Leve ao fogo e, quando estiver
borbulhando, acrescente o dendê.
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CANJICA
- (Adaptação brasileira de doce africano) |
Ingredientes:
12 espigas de milho, margarina a gosto, 1 gf
pequena de leite de coco, açúcar a gosto, 1
pitada de sal, 1 l de leite, canela em pó. Rale
o milho, peneire a massa. Ponha para ferver em
fogo brando a massa peneirada, o leite de gado, o
leite de coco e a margarina. Acrescente o
açúcar e o sal. Mexa sempre até ferver. Quando
soltar do fundo da panela, está pronto. Coloque
em uma travessa, polvilhe com canela e sirva
frio.
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ARROZ
DOCE - (Doce português) |
Ingredientes:500g
de arroz, 3 l de leite, 250g de açúcar, 6 gemas
de ovo, canela e erva doce. Lave
o arroz e ponha para cozinhar com 2 litros de
leite. Em separado, bata as gemas com o açúcar
e 1 litro de leite, pondo-os a ferver durante 5
minutos. Junte então o arroz e a erva-doce,
fervendo ainda até ter o ponto de papa. Sirva em
tigelas, polvilhando com canela moída.
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Compilado
de: http://www.ilhadocaju.com.br/novaculinaria.htm |
A religião predominante no
município é a católica, porém existem outras que
merecem destaque, como a Assembléia de Deus, a Cristã
Evangélica, as Testemunha de Jeová, a Igreja Batista, a
Adventista, e a Messiânica. Há ainda cultos afro como o
Candomblé e Tambor de Mina.
Como festividades religiosas
temos (na sede do município) o novenário da padroeira
Santa Rita de Cássia. Sabe-se que o dia consagrado à
santa é o dia 22 de maio, todavia, no município, as
festividades em sua homenagem acontecem no final do mês
de setembro, pois em época passadas no município não
havia pároco próprio. Sem a presença deste. A
realização das festividades era assumida pelo Sr.
Francisco Lira, junto com os demais fiéis, onde
predominavam as celebrações da Santa Missa durante o
novenário, seguida de animados leilões, apresentação
de peças teatrais cuja renda arrecadada era investida em
benefício da igreja.
Santa Rita
também faz arte.
Em matéria de arte poular
santarritense podemos destacar trabalhos feitos em couro,
palha, tecelagem, cerâmica, escultura em madeira,
pintura, instalação e presépio tradicional. Dentre
estes artista destacam-se:
- Seu
Cadó, artesão cujos trabalhos feitos em couro
são de uma beleza única;
- D.
Anita, professora e artesã lecionou muito bem e
fez artesanato muito bonito;
- D.
Dica Torres, educadora muito talentosa e
evoluída para a sua época;
- D.
Maria Auxiliadora, professora nata, com talento
incomum na arte de educar;
- D.
Heradita, educadora de grande talento;
- Maria
"Bambu" Muniz, educadora e artesã,
produz belos arranjos florais;
- Francisco
Sales Lira, político, religioso e ativista
cultural, por muitos anos celebrou as missas por
falta de pároco na cidade, sendo o responsável
pela data de comemoração das festividades da
padroeira Santa Rita de Cássia, que acontece no
último sábado do mês de setembro;
- Paulo
Vidinha, amo de boi e ativista cultural;
- Didi
Muniz, economista, artista plástico e agitador
cultural, fundou em 1985, com Julio Aldo Marvão
e amigos, O Grupo "100 Modos", grupo
que fez teatro, música, artes plásticas e a
famosa gincana Boca-de-Forno, que há 19 anos faz
a alegria da juventude local, participou de
exposição em São Luis, Belém e Aracaju;
- Julio
Aldo Marvão Funcionário do "Monsenhor
Dourado", agitador cultural e artista
plástico autodidata, participou de várias
exposições em São Luis, Sendo muito elogiado
pala crítica local com o seu "Tótem",
uma instalação feita com 30 cabeça de boi numa
plástica rudimentar fincada fortemente no dia do
Maranhão. Outra Exposição de grande
aceitação da crítica foi "Miscigenação
de Novos", em parceira com Didi Muniz e
Palácio Neto, onde retrata o olhar plástico
poético do mundo contemporâneo;
- Dedeu
Marvão, Funcionário "Monsenhor
Dourado" compõe músicas com letras às
vezes muito engraçadas, outras um tanto
românticas, e outras que expressam seu
inconformismo com as injustiças sociais. Fundou
com a turma do "Cem Modos" o grupo
"Químico's", fazendo fusões de Rock
com o tambor de crioula e bumba-meu-boi,
resultando numa sonoridade forte, alegre e
original. Em 2001, foi aberto o concurso para a
escolha dos Símbolos Municipais realizado pela
Prefeitura Municipal de Santa Rita, Dedeu foi o
vencedor na categoria Bandeira;
- Didi
Carvalho, autodidata começou a rabiscar deste
1990. Aos 13 anos. Em 1997 pintou o primeiro
quadro (Feto) e deste então não parou mais.
Participou da exposição "Tributo"
junto com Didi Muniz, Aldo Marvão, Marcelo e
César Roberto. Em Dezembro de 2001 ganhou o
concurso para a criação dos símbolos
municipais de Santa Rita, na categoria Brasão;
- Carlos
Paixão, poeta, está com seu primeiro livro
"Poesia Proibida" no prelo e pretende
lançá-lo em breve;
- Antônia
Gomes Neta, poetisa autodidata, tem um jeito
peculiar em criar seus poemas: ela se inspira no
cotidiano de sua terra e principalmente no
comportamento dos amigos. Neta, como é
popularmente conhecida, foi a vencedora na
categoria Hino Municipal, do concurso da
Prefeitura, em 2001;
- Mestre
Sabino, compositor e cantador de toadas de
Bumba-meu-Boi é muito talentoso nessa área.
Suas composições retratam o cotidiano da
comunidade com simplicidade e beleza;
- Pemba,
artista popular tio de Sabino, possuía grande
talento na arte de improvisação, onde criava
versos extremamente engraçados, como os da
história da "Raposa no Poleiro de
Catita", "Teco Tereco" entre
muitas outras que faziam a alegria dos que o
ouviam.
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